Nada pior do que a insensibilidade, pessoal, política, social e econômica no momento de falar do outro. Na última segunda-feira, 13 de maio, o vereador Mateus Simões, em artigo, explicitou não somente a sua desumanidade, como também o desconhecimento sobre a população em situação de rua de Belo Horizonte.
Atualmente, são mais de 6 mil pessoas que vivem nas ruas não porque desejam, mas porque não têm outra possibilidade. Em primeiro lugar, o vereador do Partido Novo tenta estigmatizar essa população, sem levar em conta que a política liberal defendida por seu partido, por seu governador e explicitada num governo federal antipovo, tem se refletido no crescimento da pobreza do país.
São mais de 13 milhões de pessoas sem emprego. São famílias inteiras vivendo nas ruas, são pessoas que, devido à crise econômica, não têm um local para morar. Vivemos, infelizmente, num país que voltou ao Mapa da Fome e, sem geração de emprego, é impossível para muitos conseguirem uma vaga num mercado de trabalho cada vez mais excludente, resultado de uma reforma trabalhista perversa com os trabalhadores.
Ora, quando fala que, em Belo Horizonte, as ruas têm donos, o que deseja o vereador? Por acaso, as ruas pertencem mais a uns do que a outros? Falar em remoção compulsória soa como querer higienizar a cidade.
Por que o parlamentar não propõe políticas mais efetivas para retirar essa população de rua, mas com a dignidade de um emprego, de uma casa para morar? Em vez disso, ele prefere falar do incômodo, em suas palavras, de “pessoas que transformam as calçadas e praças em casas, restaurante ou banheiro público”. Soa preconceituoso, discriminatório.
Para o vereador do velho Novo, as calçadas podem ser ocupadas por patinetes e bicicletas de aplicativos. Assim como por cocô de cachorrinhos da classe média sem causar nenhuma indignação. Mas pobre, mendigos e sem tetos, aí é demais!!! Ou seja, ao poder econômico, tudo. Aos pobres, nem as ruas!!!
Se há um problema na cidade, vereador, temos que discuti-lo e propor ações mais concretas. É o nosso papel, fomos eleitos para isso. O que não vale é prejudicar cidadãos já fragilizados em prol de alguns que utilizam seu incômodo para segregar.
Uma desinformação difundida pelo vereador, em seu artigo, foi a de que o executivo municipal nada tem feito para reverter essa situação. Em época de fake news, publicizar mentiras como essa é um desserviço para a população. Nos últimos anos, foram criadas duas unidades de acolhimento no antigo Hotel Bragança, no Centro, para abrigar a população em situação de rua. Atualmente, há 1.054 vagas para abrigamento e 98 bolsas-moradia. É um número insuficiente, mas não inexistente.
A nossa luta é pela ampliação dos direitos dessa população. É para efetivar políticas e ações que deem dignidade a essas pessoas para que a população em situação de rua possa ocupar todos os lugares públicos da cidade, que pertencem a todos e não somente aos ricos.
O resto é preconceito, falta de informação, insensibilidade. Em Belo Horizonte, as ruas têm donos, sim. Pertencem a todos e a cada um dos cidadãos belo-horizontinos.
Pedro Patrus
Vereador – PT/BH
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